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Diário of Cheiros:
AFFECTIO
(2019)
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Instalação Site specific. Esculturas de vidro soprado, seis fragrâncias, areia dolomita, aço Corten, fotografia impressa em polyester encapsulado com o cheiro de Estilhaço, escultura em aço Corten e fragmentos de portas de vidro estilhaçadas.  Também foi exposto as instalações interativas Vidros de Cheiro  e Crayons Olfativos.

 

Nessa exposição, a artista criou esculturas de vidro soprado e desenvolveu fragrâncias para dialogarem com a coleção do MNBA de pinturas e esculturas e arquitetura do prédio do mesmo.

 

Diário de Cheiros: Affectio, exposição concebida por Josely Carvalho para o Museu Nacional de Belas Artes, flexiona uma série de elementos
que encontram no espaço e no momento
de sua realização uma laboriosa síntese. Pensada como o passo mais recente de um novo formato do projeto Ver e Sentir, ação institucional dedicada a refletir sobre as questões de acessibilidade e a produzir conteúdos e experiências que espelhem esse estudo, a exposição da continuidade à expectativa de alcançar uma sintonia do acesso intelectual do visitante, assim como de provocar zonas pouco exploradas de experimentação estética e sensorial. Esse processo acontece no contato com obras que solicitam a ativação de outros sentidos além da visão, onde pessoas cegas e videntes têm a oportunidade de fruir na mesma intensidade da arte e de suas provocações. Para isso, cada etapa do projeto pretende contar com um colaborador externo, em especial
os artistas contemporâneos

 

[...] A exposição que agora ganha forma expande-se pelos espaços do museu
e demanda atenção do visitante.
Mas não aquela atenção visual à qual estamos acostumados ao olhar uma pintura, que minimiza os outros sentidos e suspende o tempo presente. Trata-se de uma tenção corpórea, sensual,
que solicita a entrega (in)consciente do visitante. [...] Parte do projeto Diário de Cheiros,
a exposição retoma a reflexão sobre a resiliência, a capacidade de enfrentar e transformar experiências de adversidade,
que possui um caráter psicológico,
mas também social. 
No seu trabalho,
a resiliência não possui uma face definida. Acreditando na sua construção e refletindo sobre os acontecimentos recentes da nossa história,
como as manifestações ocorridas no
Rio de Janeiro em 2013, essa resiliência vai encontrar sua representação na reunião dos cheiros desenvolvidos pela artista:
Anoxia, Pimenta. Poeira, Barricada,
Lacrimae e Dama da Noite.

A instalação na sala principal, e as obras espalhadas pelo museu funcionam em seu conjunto, ativando leituras diferentes desses espaços e das obras que se encontram neles[...]" 

Daniel Barreto, curador

Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil. (17/05/2019 - 29/09/2019).

Fotos: Pat Kilgore

Esta obra é citada no seguinte texto:

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